Não dá para falar Taffarel sem, na cabeça, ouvir o grito de "Vai que é tua, Taffarel!". Para quem acompanhou os jogos da seleção durante a década de 1990, as defesas de Taffarel ficaram marcadas. Principalmente na Copa do Mundo de 1994. Mas antes de chegarmos a isso, Taffarel ainda teve de lutar muito no interior gaúcho.
Natural de Santa Rosa, Taffarel começou a carreira aos 17 anos no Tupi de Crissiumal, no interior. Tentou a sorte nos gigantes do Estado, mas, em um primeiro momento, foi reprovado tanto no Grêmio quanto no Internacional. Só foi aprovado na terceira tentativa, e no Colorado.
Ganhou fama como goleiro da Seleção, em 1989, Taffarel sofreu apenas um gol na campanha que garantiu o título da Copa América para a seleção brasileira. O goleiro segurou a Argentina, de Maradona, e o Uruguai, de Francescoli.
Em 1994, era ano de Copa do Mundo. E o Brasil, aos trancos e barrancos, se classificou. Na Copa, Romário ia resolvendo na frente, e Taffarel segurando tudo atrás. Foram cinco jogos naquela Copa sem sofrer gol. E com belas defesas. Surgiu o "Vai que é tua, Taffarel!", grito de Galvão Bueno, narrador que marcou aquela campanha com seus gritos na TV Globo.
O grito foi mais forte na final. Com apenas três gols sofridos no Mundial, Taffarel se viu indo para a decisão de pênaltis contra a Itália após 0 a 0 no tempo normal. "Vai que é tua, Taffarel!". Taffarel foi, e pegou o chute de Massaro. Depois, viu Baggio errar o alvo, e correu para o abraço para comemorar o tetracampeonato mundial da seleção brasileira.
Taffarel ainda brilharia na campanha do vice-campeonato mundial de 1998, principalmente na semifinal contra o Holanda. O, já veterano goleiro, fechou e gol e pegou pênaltis, garantindo o Brasil na decisão.
Texto: Felipe Mendonça
Foto: Reprodução