Quem vai ao principal estádio de Milão pode se confundir. Quando é jogo do Milan, dizem que que o palco é o campo do San Siro. Quando joga a Inter, é Giuseppe Meazza. A rivalidade entre os clubes explica: o campo ganhou o nome do ex-jogador Giuseppe Meazza, bicampeão do mundo com a Itália. O atleta fez carreira na Inter. A rivalidade de Milão impediu que um dos maiores jogadores da história da Itália fosse homenageado completamente.
E Meazza era um craque. Tinha drible e finalização mortais, deixando os zagueiros malucos entre as décadas de 20, 30 e 40. Mesmo muito jovem, Meazza já ganhou seu espaço como ídolo da Inter, então Ambrosiana, com muitos gols. Em 1930, o atacante terminou a temporada com 31 gols em 33 jogos, artilheiro absoluto da Série A conquistada pela Inter.
Goleador da Inter, Meazza passou a ser lembrado também na seleção italiana. E foi ele o maestro do time que conquistou, em 1934, a primeira Copa do Mundo do país, e logo em casa. Meazza foi titular nas cinco partidas, e marcou o gol decisivo no duelo desempate contra a Espanha, nas quartas de final.
O jogador seguiu em alta nos anos seguintes, somando títulos e artilharias pela Inter na Série A. Em 1938, chegou na Copa em alta e voltou a ser decisivo. Na semifinal, marcou, de pênalti, o gol que eliminou o Brasil. Meazza foi o responsável por erguer a taça entregue por Jules Rimet após vitória sobre a Hungria.
Depois de pendurar as chuteiras, ainda voltou para trabalhar como técnico na Inter, na Atalanta e também na seleção italiana, mas sem o mesmo brilho do que quando jogava.
Texto: Felipe Mendonça
Foto: Reprodução