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Copa do Mundo de 1998
França

A Copa do Mundo da França deu ao país seu primeiro título mundial. Disputada entre 10 de junho e 12 de julho em dez cidades francesas, a Copa de 1998 foi a primeira a contar com 32 seleções, o que permitiu a participação de equipes como a África do Sul, o Japão e a Jamaica, que pela primeira vez conseguiram se classificar para o torneio.

A primeira fase do Mundial teve grandes goleadas, como a vitória dos anfitriões em cima da Arábia Saudita por 4 a 0, a da Espanha sobre a Bulgária por 6 a 1 e a da Holanda na Coreia do Sul por 5 a 0. Os primeiros jogos reservaram momentos históricos também, como o encontro das seleções do Irã e dos Estados Unidos, que caíram no mesmo grupo. Os dois países, que enfrentavam há quase duas décadas graves problemas políticos, dividiram o gramado. O Irã terminou vencendo por 2 a 1, mas quem ganhou mesmo foi o espírito esportivo, que se mostrou maior do que as lutas externas.

O Brasil foi para a França com um bom time. Sob a batuta de Zagallo, nossa seleção contava com estrelas do tetra de 1994, como Ronaldo, Cafu, Dunga, Bebeto e Taffarel, e com craques do quilate de Rivaldo e Roberto Carlos. Romário, o herói do time na Copa anterior, não pôde ir para a França por causa de uma contusão.

Na primeira fase, a seleção venceu a Escócia e o Marrocos (2 a 1 e 3 a 0, respectivamente) e perdeu da Noruega por 2 a 1. Na fase final, o time venceu o Chile nas oitavas, por 4 a 1, e a Dinamarca nas quartas, por 3 a 2. A semifinal contra a Holanda seria um dos melhores jogos da Copa. Os dois times apresentaram um futebol ágil e ofensivo, com grandes craques abrilhantando a partida dos dois lados ― na seleção holandesa, considerada a melhor desde 1974, Van der Sar, Frank e Ronald de Boer, Jaap Stam, Cocu, Kluivert, Davids e Bergkamp.

No primeiro tempo, apesar do lindo futebol, poucas chances de gol e o placar em 0 a 0. Depois do intervalo, as duas equipes voltaram mais ofensivas. No comecinho do segundo tempo, Ronaldo recebeu um passe diagonal preciso de Rivaldo, enfrentou a marcação de Frank de Boer e de Cocu e marcou o primeiro gol da partida. Os ataques do time holandês passaram a ser mais rápidos e constantes. Ainda no início do primeiro tempo, Kluivert cabeceou para Bergkamp um escanteio e o holandês teria feito o gol não fosse a belíssima defesa de Taffarel. Nosso goleiro estava inspirado naquela partida. Depois de grandes lances dos dois lados, a seleção da Holanda empatou o jogo aos 42 minutos, com uma cabeçada perfeita de Kluivert, que havia recebido a bola de Ronald de Boer. 

A prorrogação, ainda com a regra da morte súbita, foi um teste para os cardíacos. As duas equipes foram para cima, sem medo de levar gol no contra-ataque. Depois de muitas chances de gol e um verdadeiro espetáculo de futebol, a prorrogação terminou sem marcações. A disputa iria para os pênaltis. O público de Marselha aplaudiu de pé as duas equipes. Os bravos jogadores mereceram. Nos pênaltis, Taffarel brilhou. Defendeu as cobranças de Cocu e Ronald de Boer e levou o Brasil à final da Copa.

Na outra semifinal, a França enfrentava a seleção croata, considerada a maior surpresa do Mundial de 1998. Pela primeira vez jogando como uma seleção independente, depois da separação da Iugoslávia, a Croácia mostrou um futebol impecável, sob o comando do técnico Miroslav Blažević. Depois de passar por Jamaica e Japão e de se classificar em segundo lugar de seu grupo (atrás apenas da Argentina), a seleção croata venceu por 1 a 0 a Romênia nas oitavas de final, e passou pela tricampeã Alemanha nas quartas, em uma partida impressionante, que terminou em 3 a 0.

Na semifinal, no entanto, os anfitriões não deixaram a Croácia seguir com sua bela campanha. O croata Davor Suker ainda abriu o placar, tornando-se o artilheiro da Copa, mas a França respondeu com dois gols de Thuram. Final de jogo: 2 a 1 para os donos da casa. A França disputaria a final com o Brasil.

A partida aconteceu às 21 horas do dia 12 de julho, no Stade de France, com um público de cerca de 80 mil pessoas. Até hoje não se sabe ao certo o que houve com a nossa seleção. O fato é que o time brasileiro se perdeu em campo. Ronaldo ― que seria escolhido o melhor jogador da Copa e havia sido eleito pela FIFA o melhor do mundo em 1996 e 1997 ― estava irreconhecível. Momentos antes da partida, o atacante teria sofrido uma convulsão, em um episódio muito mal explicado. Edmundo jogaria em seu lugar, mas os médicos liberaram Ronaldo, que entrou em campo mas não estava ali. A seleção sofreu o golpe e atuou sem qualquer brilho.

Com uma equipe consistente e a estrela de Zinédine Zidane, a França dominou a partida do começo ao fim. No primeiro tempo, Zidane marcou dois gols contra nossa seleção. Sem esboçar reação, o Brasil ainda viu Emmanuel Petit marcar mais um, aos 48 minutos do segundo tempo. Os torcedores franceses não acreditavam no que viam. Final do Mundial: 3 a 0 para os donos da casa. A França era campeã do mundo. O país estava em festa. Em Paris, uma multidão lotou a famosa avenida Champs Élysées. Os franceses comemoravam a primeira estrela dourada no peito de sua seleção.





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