Copas do Mundo
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Copa do Mundo de 1990
Itália

Depois de 56 anos do Mundial de 1934, a Itália seria novamente a sede de uma Copa do Mundo. A décima quarta edição do torneio foi realizada em 12 cidades italianas, entre 8 de junho e 8 de julho de 1990. Com a menor média de gols entre os Mundiais disputados até então, a Copa não marcou pela técnica, nem por grandes jogadas. Equipes muito defensivas disputaram partidas sem o brilho que uma Copa do Mundo merece.

Além da anfitriã e da Argentina, vencedora do Mundial de 1986, classificaram-se para o campeonato outros  22 países: Alemanha Ocidental, Áustria, Bélgica, Brasil, Camarões, Colômbia, Coreia do Sul, Costa Rica, Egito, Emirados Árabes, Escócia, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda, Iugoslávia, Países Baixos, Romênia, Suécia, Tchecoslováquia, União Soviética e Uruguai. Era a primeira vez que todos os campeões mundiais se reuniam em uma Copa (Uruguai, Brasil, Inglaterra, Alemanha e Argentina). E a última vez que a Alemanha jogaria dividida.

Na partida de abertura da Copa, realizada entre Argentina e Camarões, no estádio Giuseppe Meazza, em Milão, a seleção camaronesa encantou o mundo com seu futebol alegre, ágil e ofensivo ― que surpreendeu, ao vencer a equipe sul-americana por 1 a 0. Se houve brilho neste Mundial, ele veio especialmente dos jogadores de Camarões. Comandada por Roger Milla, a seleção africana mesclava jovens jogadores, como os meio-campistas François Omam-Biyik e Emmanuel Maboang, a atletas já experientes, como o atacante Emmanuel Kundé e o goleiro Thomas Nkono.

Camarões chegou às quartas de final, depois de vencer a Colômbia nas oitavas, em um jogo que seria marcado por uma falha do goleiro René Higuita, traído pelo excesso de confiança ao tentar driblar Roger Milla fora da área. Final de jogo: 2 a 1 para Camarões. Nas quartas de final, no entanto, o time não conseguiu vencer a Inglaterra. Em um dos melhores jogos do Mundial, o inglês David Platt abriu o placar, que os camaroneses Kundé e Eugéne Ekéké viraram aos cinco minutos do segundo tempo. A reação à virada, no entanto, não demorou, e Gary Lineker marcou dois gols de pênalti, tirando Camarões da disputa.

A seleção brasileira não empolgou. Sob a batuta do técnico Sebastião Lazaroni, o Brasil foi eliminado pela histórica rival Argentina nas oitavas de final. O jogo aconteceu em 24 de junho, no Stadio Delle Alpi, em Turim. No começo da partida, nossa seleção jogou bem, mas não conseguiu fazer gol. Aos 30 minutos do segundo tempo, Maradona escapou de Alemão, Dunga e Ricardo Rocha para tocar para Caniggia ― que tirou o goleiro Taffarel da jogada e marcou. Argentina 1, Brasil 0.

Chegaram às semifinais da Copa de 1990 somente seleções que já haviam levantado a taça do Mundial: Itália (1934 e 1938), Alemanha Ocidental (1954 e 1974), Argentina (1978 e 1986) e Inglaterra (1966). O primeiro jogo, entre Itália e Argentina, terminou nos pênaltis. O goleiro argentino Goycochea, que já tinha defendido um pênalti contra a Iugoslávia na etapa anterior, deixou seu nome no torneio, pegando mais dois contra a Itália. A Argentina venceu os donos da casa e estava classificada para a final. Para a Itália, restou o prêmio da Fifa de melhor jogador do torneio para Salvatore Schilacci, artilheiro do Mundial, com seis gols.

A partida entre Alemanha e Inglaterra também foi decidida nos pênaltis. Depois de um jogo tenso, que terminou em 1 a 1, a Alemanha venceu a rival europeia e garantiu sua presença na final da Copa do Mundo. Comandada por Franz Beckenbauer, a equipe alemã tinha craques como Rudi Völler, Lothar Matthäus e Jürgen Klinsmann. Uma seleção que se destacou pelo bom desempenho técnico e que, apesar de acompanhar a falta de brilho da Copa, fez uma campanha bastante consistente.

A grande final foi realizada no Estádio Olímpico de Roma, diante de um público de pouco mais de 73 mil e 500 pessoas. O jogo não teve jogadas memoráveis, nem emocionou. Aos 40 minutos do segundo tempo, o árbitro mexicano Edgardo Codesal marcou pênalti de Sensini em Völler, em uma jogada até hoje contestada. Com um corte no pé, o capitão Matthäus não poderia cobrar. Andreas Brehme decidiu. Encarou Goycochea e fez da Alemanha tricampeã mundial.





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