Copas do Mundo
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Copa do Mundo de 1958
Suécia

Um grande Mundial, com jogadores inesquecíveis, estádios modernos e organização perfeita. A Copa do Mundo de 1958, realizada na Suécia entre 8 e 29 de junho, revelou nomes que ficariam para a história do futebol. Pelé, aos 17 anos, foi apresentado aos campos internacionais junto a uma equipe sublime, que tinha mestres como Garrincha, Didi, Vavá, Gilmar, Nilton Santos, Mazola, Zito e Zagalo. Todos sob o comando do técnico Vicente Ítalo Feola, responsável pela introdução do 4-2-4 e do 4-3-3 no futebol.

A sexta edição do Mundial seria a maior realizada até então. Inscreveram-se para participar do torneio 53 países, dos quais se classificaram 14 – além de Suécia e Alemanha, inscritas na competição, respectivamente, por patrocinar o campeonato e por ser a campeã de 1954. Os bicampeões mundiais Itália e Uruguai não conseguiram classificação. A Argentina, por sua vez, voltou à Copa, enquanto a União Soviética estreou no torneio. Esta foi a primeira edição do Mundial que não teve a presença do pai da Copa do Mundo. Aos 83 anos, o francês Jules Rimet morrera em Paris, em 1956.

Dois mil jornalistas se credenciaram para cobrir o evento. Assim como a Copa de 1954, o Mundial de 58 foi televisionado, e sua transmissão foi realizada graças ao satélite Sputnik III, lançado pelos soviéticos em maio daquele ano. Por conta dos altos custos, somente os amantes do futebol de 11 países europeus puderam desfrutar da nova tecnologia, enquanto o restante do mundo colava no rádio para ouvir seus grandes narradores e acompanhar as jogadas de suas seleções.

Participaram da Copa de 1958 quatro seleções americanas (Argentina, Brasil, México e Paraguai) e 12 europeias (Alemanha Ocidental, Áustria, Escócia, França, Hungria, Inglaterra, Irlanda do Norte, Iugoslávia, País de Gales, Suécia, Tchecoslováquia e União Soviética). O sistema de disputa da competição, que permaneceria o mesmo até a Copa de 1974, foi o de quatro grupos em quatro equipes. Todas as seleções se enfrentariam pelo menos uma vez e duas seriam classificadas. A fase seguinte era de eliminatórias simples.

A estreia do Brasil foi contra a seleção austríaca, de quem vencemos por 3 a 0 (um gol de Mazola em cada tempo e um de Nilton Santos). Os jogos seguintes, da segunda rodada, seriam contra a Inglaterra, que terminou em 0 a 0, e contra a União Soviética, que marcamos 2 a 0. Nas quartas-de-final, nossa seleção enfrentou o País de Gales. O gol da vitória foi de Pelé. O primeiro do garoto em um Mundial, que garantiu a vitória brasileira por 1 a 0 e a chegada da seleção canarinho às semifinais.

Nossa adversária seria a ofensiva equipe francesa, que contava com aquele que era considerado o melhor ataque da competição. O jogo foi glorioso. O primeiro gol foi marcado pela França. Fontaine, que seria o artilheiro da Copa, fez 1 a 0. Didi, de longe, empatou com um gol no ângulo – seguido de Vavá, que virou o jogo ainda no primeiro tempo. O segundo tempo teria Pelé como grande protagonista. O futuro rei marcou nada menos do que três lindos gols, mostrando à espantada arquibancada seu talento incomparável. A França ainda marcaria mais um gol, mas já estávamos na final da Copa.

A Suécia, que venceu a Alemanha por 3 a 1, também estava na final. O jogo aconteceu no dia 29 de junho, em Estocolmo, diante de um público estimado em 50 mil pessoas. Por sorteio, a seleção brasileira precisou trocar a camisa amarela pela azul. Uma mudança que Paulo Machado de Carvalho, dirigente da delegação, encarou como auspiciosa. “Nós vamos vencer, vamos jogar com a cor do manto de Nossa Senhora Aparecida”, teria dito. 

A grande final começou às 14 horas. Nos primeiros minutos de jogo, o sueco Liedholm abriu o placar. Didi, em uma cena que entrou para a história do nosso futebol, levou calmamente a bola para o centro do campo. Com confiança e sem qualquer sinal de ansiedade. Garrincha enfrentou a defesa sueca e encaixou dois cruzamentos idênticos, que resultaram em dois gols de Vavá. Final de primeiro tempo, 2 a 1 para o Brasil. No segundo tempo, Pelé, Zagalo e Pelé de novo fecharam o placar. Simonsson ainda marcou mais um gol para os suecos, mas nada que impedisse nossa seleção de vencer. O jogo terminou em 5 a 2. Pela primeira vez, o Brasil era campeão mundial. Do outro lado do Atlântico, o país entrou em festa.





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