Copas do Mundo
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Copa do Mundo de 1950
Brasil

Ficou para a história do futebol como um dos maiores silêncios de todos os tempos. Mais de 200 mil torcedores, prontos para celebrar o título de campeão do mundo, calaram o Maracanã, no episódio que ficou conhecido como “Maracanazo”. A gloriosa seleção brasileira tinha perdido a final da Copa em casa para o Uruguai. O Brasil, que só precisava de um empate, foi derrotado por 2 a 1 pela Celeste. Decepção e tristeza marcaram a derrota que até hoje é sentida no Brasil.

O país foi sede do Mundial de 1950, depois de muito pleitear a realização do evento. Para aquela Copa, que acontecia depois de um intervalo de 12 anos em relação à anterior, a candidatura do Brasil era única. Pouco depois da Segunda Guerra Mundial, os países europeus lutavam para se reconstruir e o maior evento do futebol voltaria a acontecer na América do Sul.

Foram muitos os percalços para que a organização de um evento do porte da Copa do Mundo saísse. Entre obras atrasadas e problemas com seleções que desistiram de participar do torneio (como as da Argentina, Áustria, Escócia, Bélgica e dos países do Leste Europeu), o Brasil conseguiu se aprontar para o Mundial.

Estava tudo certo: as partidas seriam realizadas entre os dias 24 de junho e 16 de julho, nas cidades de Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. No Rio, o Maracanã fez do Brasil o país com o estádio maior do mundo. Entre as novas regras, as camisas dos jogadores deveriam ser numeradas, uma medida que permitiria mais rápida identificação por parte da torcida, do árbitro e, principalmente, da imprensa.

Participaram da quarta edição da Copa 13 seleções (seis da Europa e sete americanas): Bolívia, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Itália, Iugoslávia, México, Paraguai, Suécia, Suíça e Uruguai. Era a primeira Copa da Inglaterra — e a orgulhosa seleção daquele país, que inventara o futebol, seria vítima de uma das grandes zebras dos Mundiais, ao perder por 1 a 0 do time dos Estados Unidos, que era amador.

O Brasil entrou como grande favorito do torneio. Sob o comando do técnico Flávio Costa, nossa seleção contava com jogadores como Ademir, Zizinho, Danilo, Bauer e Jair. Depois de passar pelo primeiro turno, a equipe chegou com relativa facilidade às semifinais, e as goleadas que obteve naquela fase não deixariam dúvidas.

Na partida contra a Suécia, a seleção marcou 7 a 1, com quatro gols de Ademir. O segundo jogo ficaria para a história dos Mundiais. O Brasil goleou a Espanha no Maracanã por 6 a 1. Foi um grande delírio. A torcida cantava “Touradas em Madri”, confiante na vitória de nossa seleção no jogo da grande final com o Uruguai.

Mas a partida de 16 de julho, que reuniu o maior público de todas as Copas, não confirmou as expectativas. O clima de “já ganhou” não ajudou a equipe que, mesmo com a festa da torcida brasileira, viu o título escapar de suas mãos. O Brasil abriu o placar aos 47 minutos, com gol de Friaça. Aos 13 minutos do segundo tempo, o uruguaio Schiaffino empatou o jogo. A vantagem ainda era do Brasil, que a perdeu quando Ghiggia marcou o segundo gol do Uruguai. Fim de festa e começo de um luto que duraria até 1958, quando Garrincha e Pelé trariam a Jules Rimet da Suécia.

A grande derrota da seleção brasileira não impediu que a Copa de 1950 fosse um sucesso. O torneio bateu todos os recordes financeiros e de público. Depois da Segunda Guerra Mundial, a Copa do Brasil devolveria aos amantes de futebol a periodicidade de um torneio que reunia as grandes seleções mundiais.





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