“Fundou-se no Porto um club denominado Football Club do Porto, o qual vem preencher a falta que havia no norte do país de uma associação para os jogadores daquela especialidade”. A notícia, publicada em 28 de setembro de 1893 no jornal português Diario Ilustrado, anunciava a fundação do FC Porto, no dia do aniversário de casamento do rei D. Carlos e da rainha D. Amélia.
O fundador do clube, António Nicolau dʼAlmeida, então com 20 anos, era um grande amante do esporte. Comerciante de vinho do porto e sócio de seu pai nos exímios negócios da família, António foi o primeiro presidente do Porto. Poucos anos depois, José Monteiro da Costa, que chegava da Inglaterra com bolas, vestimentas e regras do novo esporte, também foi responsável por estruturar o time no começo de sua história ― sendo considerado por muitos o refundador do clube.
As cores azul e branco foram escolhidas desde o início para representar a tranquilidade e a pureza que o clube almejava. Na inauguração do Campo da Rainha, em 1907, o time venceu os ingleses The Boavista Footballers por 4 a 1.
Décadas depois, os portistas assistiriam a uma inesquecível vitória em cima de outro time inglês: em 1948, o Porto bateu por 3 a 2 o Arsenal de Londres, campeão da Inglaterra que tinha em seu elenco alguns dos melhores jogadores do mundo.
A década de 1980 também reservou grandes vitórias aos Dragões: Copa dos Campeões (1987 e 1988), Mundial Interclubes e a Supercopa Europeia. Em mais de cem anos de história, o Porto venceu muitos outros títulos e cunhou sua marca na trajetória do futebol português e europeu.
O Campo da Rua da Rainha foi o primeiro estádio onde o azul e branco jogou. José Monteiro da Costa reformou o espaço e o transformou, ainda no começo do século 20, em um campo com medidas oficiais, que comportava 600 espectadores.
Entre o Campo da Rua da Rainha, onde o Porto jogou até 1912, e o Estádio do Dragão, inaugurado em 2003, o clube teve como palco outros quatro estádios. Em 1913, passou a jogar no Campo da Constituição. Em alguns anos, no entanto, a crescente torcida do Porto deixou de caber no estádio. Em alguns jogos, o público excedia em tal medida a lotação, que várias partidas foram interrompidas porque os torcedores acabavam invadindo o campo por falta de espaço.
Entre as décadas de 1920 e 1940, o Porto jogou nos gramados do Campo do Ameal, propriedade do Club Sport Progresso, e do Estádio do Lima, propriedade do Académico FC. Em 1952, o time inaugurou o tão desejado Estádio do Futebol Clube do Porto, que ficou conhecido como Estádio das Antas, referência à zona das Antas, onde foi construído.
Os portistas jogaram em seus gramados por mais de 50 anos. Em 2003, o Porto inaugurou o Estádio do Dragão, mais moderno e adaptado às novas exigências do futebol. No jogo inaugural, realizado em 16 de novembro daquele ano contra o FC Barcelona, os donos da nova casa marcaram 2 a 0.