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Internacional
(Colorado)
Fundação: 04/04/1909
Clube do povo

“Ao Sport Club Internacional almejamos vida longa e de perenes felicidades”, estampava, em sua edição de 14 de abril de 1909, o jornal Correio do Povo. Criado em 4 de abril, o Inter nasceu sob o lema da inclusão. Era um time para brasileiros e estrangeiros, aberto a todos que dele quisessem fazer parte.

A ideia de fundar o clube surgiu de um grupo de jovens liderados pelos irmãos Henrique, José Eduardo e Luis Madeira Poppe, comerciantes paulistas recém-chegados a Porto Alegre, que não conseguiam ser aceitos nos outros times da capital gaúcha.

A reunião para a fundação do clube realizou-se no porão da casa da família de João Leopoldo Seferin, que aos 18 anos foi eleito o primeiro presente do time. Graciliano Ortiz, capitão e homem respeitado em Porto Alegre, foi convidado para ser presidente de honra ― e conferir credibilidade ao grupo de jovens.

O nome Sport Club Internacional foi sugestão de Henrique, como homenagem ao Internacional de São Paulo, campeão paulista de 1907 e time para o qual os irmãos  torciam antes de partirem para o sul. Nome aceito, uma vez que também fazia alusão à diversidade que o novo clube defendia.

Em pouco tempo, o Inter viu sua torcida crescer e seus jogadores somarem títulos. Em 1915, goleou o Grêmio, seu eterno adversário, por 4 a 1, marcando a primeira vitória colorada em Gre-Nais.

Nos anos 40, os torcedores gaúchos acompanharam as consecutivas vitórias  do Rolo Compressor, time que conquistou nada menos do que oito estaduais em nove anos. Fazendo jus aos princípios de seus fundadores, o time contava com jogadores negros e logo ganhou o apelido de “clube do povo”. Um apelido que acompanha e orgulha a trajetória colorada.  

Palco
Site do Sport Club Internacional

O primeiro espaço voltado exclusivamente para os treinos do Inter foi a Chácara dos Eucaliptos, alugada pelo clube em 1912. Até então, o time havia jogado em um terreno baldio na Rua Arlindo, palco dos primeiros treinos do Clube do Povo, e no Campo da Várzea, que dividia com o time do Colégio Militar.

Em 1928, o dono da chácara decidiu vender seu terreno, que o clube não pôde comprar por não ter os 40 mil contos de réis pedidos pela propriedade. Um ano depois, o engenheiro Ildo Meneghetti, recém-eleito presidente do Inter, encontrou um terreno no bairro Menino Deus, onde começaria a construção do novo Estádio dos Eucaliptos.

Para erguer a casa própria, os torcedores compraram ações que contribuíram com a construção. A inauguração, em 1931, foi em grande estilo: um Gre-Nal, do qual o Inter saiu vencedor por 3 a 0. Com capacidade de 10 mil lugares, o estádio foi modernizado para receber jogos da Copa do Mundo de 1950.

O Estádio dos Eucaliptos foi a casa do colorado até 1969, quando o clube inaugurou o “Gigante” Beira-Rio, erguido em uma área aterrada no rio Guaíba. Novamente, a construção contou com a contribuição da torcida, que desta vez ajudou a levantar o estádio levando materiais para a obra, como tijolos e cimento. Mobilizada pela paixão ao time e por programas de rádio que convidavam os colorados a participar, a torcida do Inter viu seu estádio ficar pronto tijolo por tijolo. Conta a história que Falcão, que seria um dos grandes ídolos do time, levou material para a construção.

A inauguração do estádio foi no dia 6 de abril de 1969, em uma partida contra o português Benfica, que terminou em 2 a 1 para os donos da casa. Era a primeira de inúmeras vitórias que o colorado veria no gramado do Gigante.





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