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CRB
(Galo)
Fundação: 20/09/1912

Corria o ano de 1911, e um grupo de jovens que recém havia fundado o Clube Alagoano de Regatas andava insatisfeito com a falta de recursos da agremiação. Um deles, Lafaiete Pacheco, sugeriu o aumento da mensalidade. Como a ideia foi prontamente recusada, ele convidou outros sete jovens para fundar um novo clube. Em 20 de setembro de 1912, nascia, na praia de Pajuçara, o Clube de Regatas Brasil.

A primeira providência foi conseguir 200 mil réis para a compra de uma yole. Os sócios conseguiram arrecadar 100 mil entre eles e os outros 100 mil vieram de um empréstimo. Aos poucos, o clube foi tomando corpo e conquistando outros sócios.

O futebol chegou alguns anos depois, em 1916, ainda com ares de brincadeira. É que os treinamentos para as regatas eram sempre iniciados, ou finalizados, com um bate bola na rua. Os atletas foram se aprimorando, e logo começaram a reivindicar um espaço para o futebol no clube de regatas.

Não demorou muito e o esporte passou a ser figura principal do CRB. Em 1927, a equipe seria a primeira campeã de Alagoas, título que conquistaria dezenas de outras vezes. Na primeira conquista, um dos grandes ídolos do CRB de todos os tempos: o jogador Haroldo Zagallo, pai do tetracampeão mundial Mário Jorge Lobo Zagallo.

O apelido de Galo, homenagem ao galo de campina, pássaro muito comum no campo de Pajuçara, passaria a identificar o clube. Pioneiro, o CRB seria o primeiro tetracampeão alagoano (1937 a 1940) e, em 1972, o primeiro clube de Alagoas a disputar um Campeonato Brasileiro.

Desde 1916 faz, com o CSA, o maior clássico do futebol alagoano, o chamado Clássico das Multidões. Os dois times dividem também as maiores torcidas do estado.

palco
Por José Oliveira - Rei Pelé, CC BY 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=3151953

Quando o futebol ainda não fazia parte dos esportes praticados oficialmente no CRB, era jogado entre os fundadores e os atletas do clube nas ruas de Maceió. Certa vez, a bola caiu no terreno de um senhor, que ameaçou rasgá-la. A bronca foi a senha para se procurar um lugar dedicado à prática do esporte.

O terreno escolhido foi o de dona Maria Torres, que o vendeu por 300 mil réis aos dirigentes do clube. Eles se juntaram para cobrir as imperfeições do solo e transformá-lo em um campo de futebol. Em 1917, na gestão do presidente Pedro Lima, o local veria o início das obras do estádio da Pajuçara.

Primeiro estádio particular de Alagoas, o palco abriu suas portas naquele mesmo ano, em uma partida entre os donos da nova casa e o Flamengo de Recife. Depois de algumas reformas, o estádio passou a ter capacidade para cerca de 10 mil pessoas. Em 1965, o estádio lotou para ver o Santos de Pelé, em sua primeira visita à capital alagoana. Foi um dos maiores públicos que o Pajuçara recebeu em sua história. O Santos venceu o CRB por 6 a 0, mas o placar não atrapalhou a grande festa que os torcedores fizeram naquele 25 de julho.

A casa do CRB foi usada pelo clube até 1970, quando o Estádio Rei Pelé, conhecido como Trapichão, abriu suas portas em Maceió. Com capacidade para cerca de 18 mil pessoas, o palco passou a ser a casa do clube a partir daquela década. O time ainda usaria seu antigo palco outras vezes, mas em 2014 o terreno do Pajuçara foi vendido para uma rede de supermercados. O dinheiro da venda foi usado para a construção de outra casa do CRB, o Ninho do Galo, moderno complexo de treinamento da equipe.





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