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São Paulo
(Tricolor)
Fundação: 26/01/1930
O mais querido

O tricolor paulista nasceu na Praça da República, no dia 26 de janeiro de 1930. Para marcar a fundação do clube, no entanto, os dirigentes escolheram o dia 25 de janeiro, data do aniversário da cidade de São Paulo.

O novo clube surgiu da união de outros dois clubes que já existiam na capital paulista: o Club Athlético Paulistano, que havia fechado seu departamento de futebol no ano anterior, e a Associação Atlética das Palmeiras ― time que existia desde o início do século 20, mas estava encerrando suas atividades por conta de dívidas e graves problemas administrativos.

Cada um levou o que tinha. Além de um grupo de amantes do futebol, o Paulistano contava com jogadores e uma equipe pronta, enquanto a Associação Atlética das Palmeiras tinha uma casa onde jogar, o Estádio da Floresta. Dos dois clubes, ficaram também as cores que fariam o tricolor brilhar: o preto e o branco da A.A Palmeiras e o vermelho do Paulistano.

Como um filho bem gerado, o novo clube logo tomou rumo diferente aos de seus fundadores e ganhou o mundo. Já em 1930, o tricolor foi vice-campeão do Campeonato Paulista, mostrando a força de sua equipe. No ano seguinte, o time sagrou-se campeão do mesmo torneio, do qual seria vice novamente em 1932, 1933 e 1934. Em 1933, o clube também foi vice-campeão do Torneio Rio-São Paulo. 

Em pouco tempo, o time ganhou espaço ― e uma torcida cada vez mais numerosa e apaixonada. Na década de 1940, o clube contratou, na mais alta negociação da época, o grande craque Leônidas da Silva. A ideia era reforçar a equipe para o Campeonato Paulista de 1943.

Naquele ano, depois de terem sido determinadas as regras do campeonato na sede da Federação Paulista de Futebol, um repórter teria dito que nada daquilo era preciso. Bastava jogar uma moeda no ar, e o vencedor, um dos dois tradicionais times da capital, seria conhecido: Corinthians se desse cara, Palmeiras se desse coroa. Conforme reza a lenda, os participantes da reunião teriam se perguntado sobre o tricolor. E um dos presentes teria respondido: “Só se a moeda cair em pé”.

Pois bem, a moeda caiu em pé. Depois de uma linda campanha, o São Paulo seria novamente campeão paulista, título que colecionaria ao longo de sua história. A equipe vencedora contava com um dos primeiros ídolos da torcida tricolor: o goleiro Caxambu, que marcou a história do futebol por ter inventado a ponte. A vitória daquele Paulista foi comemorada pelas ruas da cidade em um carro alegórico, que desfilou com os vencedores e a mítica moeda.

De lá para cá, o São Paulo conquistou os mais importantes títulos nacionais e internacionais. Entre suas muitas glórias, venceu três vezes a Copa Libertadores da América (1992, 1993 e 2005), foi campeão da Copa do Mundo de Clubes da Fifa em 2005 e tricampeão consecutivo do Campeonato Brasileiro em 2006, 2007 e 2008, feito inédito até então.

Mesmo sendo o mais jovem dos grandes times paulistas, o São Paulo é um dos clubes que mais coleciona títulos entre todos os times brasileiros. Títulos que testemunham uma história marcada por grandes ídolos, como Careca, Bellini, Gerson, Pedro Rocha, José Poy, Telê Santana, Raí, Müller e Rogério Ceni, o maior goleiro artilheiro do mundo. Ceni atuou no São Paulo por 25 anos consecutivos, tornando-se o jogador que mais vestiu a camisa de um clube na história do futebol mundial.

palco
Por Felipe Lima - Flickr, CC BY 2.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=39444223

Foi em um terreno distante do centro da cidade, em um bairro ainda muito pouco habitado, que o São Paulo Futebol Clube construiu sua casa, entre fins dos anos 1950 e o comecinho de 1960. Depois de fazer uma concorrência, da qual participaram três escritórios, o projeto do renomado arquiteto Vilanova Artigas foi selecionado.

De concreto exposto, o novo palco seria o maior estádio particular erguido até então em todo o mundo. O nome escolhido foi Estádio Cícero Pompeu de Toledo, em homenagem ao dirigente do clube que mais lutou pela construção da casa (e que não viveu para vê-la pronta). Mas a casa é conhecida mesmo como Morumbi, nome do bairro onde o gigante nasceu.

Na festa de inauguração, em 2 de outubro de 1960, cerca de 58 mil pessoas lotaram o estádio. Houve missa e a presença de autoridades do país e do futebol. Depois dos festejos, o jogo de abertura: os donos da nova casa receberam o Sporting Clube de Portugal, de quem venceram por 2 a 1. A honra do primeiro gol foi de Peixinho, que marcou aos 12 minutos da etapa inicial.

No ano seguinte, o Morumbi dava seus primeiros passos para se tornar acessível. A linha Largo de Pinheiros-Morumbi foi inaugurada em 21 de setembro de 1961. Mas mesmo com a inauguração e com o início das atividades no estádio, o colosso, como o chamavam alguns são-paulinos, ainda precisava de ajustes.

O dinheiro do clube, no entanto, tinha acabado depois da grandiosa obra que deu vida ao novo palco. A solução veio, então, com o chamado carnê super-paulistão. O carnê fez tanto sucesso entre os torcedores, que ao comprá-lo podiam ajudar seu time, que o Morumbi foi finalizado em dois anos (os planos previam sete anos para a finalização total do estádio). Como disse um dos idealizadores do projeto, o estádio foi construído como uma obra de igreja: aos poucos, com o que se podia e pela venda de ideias.





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