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Palmeiras
(Verdão, Palestra)
Fundação: 26/08/1914

Inconformados por não haver em São Paulo nenhum time à altura das tradições de seu país no futebol, um grupo de imigrantes italianos resolveu se reunir para fundar uma agremiação esportiva. A data e o horário da reunião foram divulgados no jornal Fanfulla. Era o começo da história do Palestra Itália, que nascia no dia 26 de agosto de 1914. 

A primeira partida aconteceria somente no início de 1915, pois muitos atletas e sócios do novo clube foram para a Europa integrar as tropas italianas da Primeira Guerra Mundial. No primeiro jogo, vitória de 2 a 0 sobre o Savoia, com gols de Bianco e Alegretti. Aos poucos, o Palestra foi consolidando seu nome no cenário nacional. E até quando mudou de nome, por conta de um decreto do presidente Getúlio Vargas em 1942, o verdão foi forte. Passou a se chamar Sociedade Esportiva Palmeiras e bateu o São Paulo no mesmo dia da mudança. Os jornais do dia seguinte estampavam: “Morreu líder, nasceu campeão!”.

Desde então, o Palmeiras nunca mais parou de crescer e de contagiar seus torcedores. Tinha em sua esquadra nomes de peso, como Oberdan Catani, até hoje uma lenda no clube, Waldemar Fiúme, Villadoniga, Jair Rosa Pinto, Liminha e Rodrigues. Conquistou diversos títulos, entre eles a Copa Rio, torneio disputado por dois anos consecutivos no Brasil e vencido pelo Palmeiras em 1951. Bateu a Juventus da Itália na final, ganhando o primeiro jogo por 1 a 0 e empatando a segunda partida em 2 a 2. 

Após o desmanche dessa grande equipe, o Palmeiras demorou alguns anos para vencer novamente. Mas quando isso aconteceu, voltou a ser forte. A equipe do Palmeiras era uma das únicas a fazer frente para o Santos de Pelé.

Foi nessa época que o clube montou times que são conhecidos até hoje como Academia, pela beleza do futebol jogado. Em 1965, o Palmeiras foi convidado a representar o Brasil em jogo contra o Uruguai no Mineirão, na inauguração do estádio. Venceu por 3 a 0 e entrou para a história como o único time a representar a seleção brasileira.

Entre 1960 e 1974, foram seis campeonatos brasileiros, um torneio Rio-São Paulo e quatro Campeonatos Paulistas. Fizeram parte dessa época gloriosa do clube jogadores do quilate de Ademir da Guia ― que, de tão craque, passou a ser chamado de Divino ―, Tupãzinho, Leivinha, Dudu, Julinho Botelho, Djalma Santos, Servílio, Luís Pereira, César Maluco e Leão.

Após esse período inesquecível, o Palmeiras voltaria a levantar um caneco somente em 1993, quando ganhou o Campeonato Paulista. Desandou a ganhar novamente, ainda no mesmo ano, com o torneio Rio-São Paulo e o Brasileiro. Faturou o bi do Paulista e do Brasileiro no ano seguinte. Tempos depois, ganharia a Copa do Brasil e a Copa Mercosul e, em 1999, um dos títulos mais comemorados pela massa verde: a Copa Libertadores da América. Além do caneco, o Palmeiras descobriu no campeonato um dos seus maiores ídolos, o goleiro Marcos. Com suas defesas históricas, ele fechou o gol e parou o Corinthians em um dos confrontos da competição. Marcos parou de jogar, mas virou santo e agora faz parte da Academia de intocáveis do Palmeiras.

palco
Por Leonef - Obra do próprio, CC BY-SA 4.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=36872115

Para oferecer lazer a seus funcionários, a Companhia Antarctica Paulista construiu, no final do século 19, o Parque da Antarctica. O espaço tinha 300 mil metros quadrados, com muito verde, um grande parque infantil, áreas para a prática esportiva e um campo de futebol. Um dos primeiros campos da cidade. Em pouco tempo, o local tornou-se referência para diversas atividades ao ar livre, inclusive para corridas de automóveis. 

Como a procura pelo futebol era grande, a empresa passou a alugar seu campo para diversos times, entre eles Germânia e América ― time fundado por Belfort Duarte, já extinto. Interessado no campo, o Palestra Itália apareceu pelo caminho e as coisas tomaram rumos, digamos, mais profissionais. Em 1920, o Palestra acabou adquirindo o campo e grande parte do Parque Antarctica por 500 contos de réis, uma fortuna para a época.

O palco ganhou o nome de Stadium Palestra Itália e seguiu o roteiro da maioria dos estádios de futebol, ganhando corpo pouco a pouco. Arquibancadas de madeira deram lugar ao concreto. A sede social, antes localizada no centro da cidade, passou a ser no entorno do estádio. O chamado “Jardim Suspenso” apareceria no final da década de 1950, com mais uma reforma, que incluiu a suspensão do campo e a construção de vestiários no subsolo.

Na reinauguração, em 7 de setembro de 1964, o Palestra jogou contra o Guaratinguetá pelo Campeonato Paulista. Entre as grandes recordações do Palestra, o jogo de 16 de junho de 1999 contra o colombiano Deportivo Cali tem lugar garantido. Foi aquele o palco da vitória alviverde na Copa Libertadores da América.

Depois de testemunhar inúmeras glórias e algumas tristezas em seu gramado, o Palestra Itália fechou as portas em julho de 2010. Em pouco mais de quatro anos, o palco passou por uma grande remodelação, que fez surgir o ultramoderno Allianz Parque.

O estádio foi inaugurado em novembro de 2014, no ano do centenário do clube. Imponente, tem cobertura com captação de energia solar, fachada metálica e atende aos mais rigorosos padrões da FIFA. Com capacidade para 43 mil pessoas, e com uma pitada do bom e velho Palestra Itália, a nova casa é mais um entre tantos orgulhos da nação alviverde.





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