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Ponte Preta
(Macaca)
Fundação: 11/08/1900
O primeiro time do Brasil

Era no bairro chamado Ponte Preta que um grupo de alunos do tradicional colégio campineiro Culto à Ciência, fundado em 1873, passava suas tardes jogando futebol em campos improvisados. A região foi assim denominada pelo fato de ter em suas redondezas uma ponte de madeira que, para ser bem conservada, era tratada com piche e ficava preta. Pois os alunos se uniram naquela vizinhança para criar um time de futebol.

A Ponte Preta, fundada em 11 de agosto de 1900, é o time mais antigo do estado de São Paulo e o segundo mais antigo do Brasil a funcionar ininterruptamente. Dona da maior torcida do interior do país, a Ponte é um dos primeiros times do Brasil a ter uma torcida feminina, as Ponteras. O clube também foi o primeiro do país a contar com cidadãos afrodescendentes dentro e fora de campo ― fato que acompanha o time desde sua fundação.

O primeiro esquadrão do clube, montado em 1900, tinha o negro Miguel do Carmo como um de seus atletas titulares. O clube também foi pioneiro no interior na contratação de atletas estrangeiros. Em 1952, os uruguaios Cabreira e Raul Dias foram trazidos para reforçar a equipe. A data de fundação da Ponte tem uma peculiaridade interessante, pois foi escolhida para homenagear a inauguração da ferrovia em Campinas, datada de 11 de agosto de 1872.

Além de ser pioneira em tantos aspectos, a Ponte ainda é o clube do interior que mais cedeu jogadores para a seleção brasileira em Copas do Mundo. Uma das razões é que as categorias de base da Macaca sempre foram um ponto forte da equipe de Campinas. Só para citar algumas feras: Dicá, o maior de todos, batia faltas como poucos, Carlos, Polozzi, Manfrini, Waldir Peres, Sabará, Ciasca, André Cruz, entre muitos outros.

Foi com alguns desses nomes que a Ponte viveu momentos marcantes em sua trajetória. Como a histórica final contra o Corinthians em 1977. Dicá, Wanderley e Marco Aurélio formavam um meio campo excelente. Com poucas mudanças chegou à final também em 1979, mas deixou a taça escapar mais uma vez. Dois anos depois, outra final, desta vez com o São Paulo. Em vez do eterno Zé Duarte, Jair Picerni estava no comando de um time cheio de feras. Zé Mario, Chicão, Osvaldo e, mais uma vez, Dicá.

O ano de 1981 é considerado o ano de ouro da Ponte, pois além do vice Paulista conquistou a Taça São Paulo de Juniores, foi Campeão Paulista Infantil, Juvenil e Júnior e terceiro colocado no Campeonato Brasileiro da série A.

Um dos últimos grandes momentos da Macaca foi o vice-campeonato da Copa Sul Americana em 2013. A Ponte bateu em grandes como São Paulo e Vélez Sarsfield, passou por Deportivo Pasto na altitude, e foi fazer a final com o Lanús. O time já não tinha grandes craques como em outras épocas, mas fez bonito. E foi pioneiro outra vez, com o feito inédito de colocar o nome de um time do interior na final de uma competição sul-americana.

palco
Por Paulo Humberto - http://www.panoramio.com/photo/27754658, CC BY-SA 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=38651958

O estádio da Ponte Preta é um dos símbolos da paixão do povo pelo time. Um palco que foi construído, literalmente, pela torcida da Macaca. A história começou quando Olímpio Dias Porto, José Cantúsio e Moyses Lucarelli compraram um terreno onde era a antiga chácara Maranhão, no bairro Ponte Preta. O local, onde existia apenas uma casinha (ponto que ficou determinado como o centro do gramado), virou uma praça esportiva. Após o fim da terraplanagem, alguns simpatizantes, mais o trio que comprou o terreno, foram atrás do material de construção, que conseguiram tudo junto a amigos e empresários.

A “Campanha do Tijolo”, como ficou conhecida a ação, movimentou Campinas por quatro anos, sempre comandada de perto por Lucarelli, que contrariava recomendações médicas para fiscalizar a obra de perto. Com um sério problema de vista, Lucarelli chegou a perder 40% de sua capacidade visual. Mas nem isso, nem as dificuldades para concretizar o sonho da casa própria fizeram-no esmorecer. Assim, em 7 de setembro de 1948, foi inaugurado o estádio da Ponte.

Lucarelli não queria ser o patrono da nova casa, mas a diretoria aproveitou uma viagem dele à Argentina para colocar seu nome no novo estádio. Ele voltou de viagem contrariado, mas teve que acatar a homenagem. Apesar de seu nome ser com “Y” (Moyses), o nome oficial do estádio é com “I” mesmo. O palco da Ponte é conhecido também como Majestoso, já que na época de sua fundação apenas o Pacaembu e o São Januário eram maiores do que ele. Hoje, o estádio está adequado às novas regras da FIFA e comporta pouco mais de 20 mil pessoas.





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