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Botafogo
(Time da Estrela Solitária)
Fundação: 01/07/1894
Tem coisas que só acontecem com o Botafogo

O bilhetinho ia passando de mão em mão, quando foi parar nas mãos do professor de matemática, general Júlio Noronha. Ele bradou que a aula não era o momento certo para conversas daquele tipo. Mas gostou do que leu e disse apoiar qualquer ideia relativa à prática de esportes. Estava dada a senha para a criação do Botafogo Football Club. Isso em 1904. O outro Botafogo era o Clube de Regatas Botafogo, que existia desde 1894. O nome era uma referência à enseada onde competiam seus barcos. Além do nome, os dois clubes não tinham outras semelhanças.

Em 1942, quando ambos disputavam uma partida de basquete pelo Estadual, o jogador Albano do B.F.C. caiu em quadra, vítima de um ataque cardíaco fulminante. Naquele momento, enquanto o corpo de Albano passava na sede de General Severiano, os presidentes dos dois Botafogos gritaram: “Nas disputas entre os nossos clubes só pode haver um vencedor, o Botafogo!”. Em seguida, Frederico Schimidt, presidente do C.R.Botafogo respondeu: “O que mais é preciso para que os nossos dois clubes sejam um só?”. Pronto, nascia ali o Botafogo de Futebol e Regatas.

O clube da estrela solitária é um clube realmente diferente, visto que nasceu após a morte de um dos seus integrantes. Como diz a própria torcida, tem coisas que só acontecem com o Botafogo. Enquanto todos os times têm seu craque vestindo a camisa 10, no Glorioso a camisa pesada é a 7. Tudo por conta de um menino que tinha as pernas tortas e chegou para jogar no clube em 1953, com o apelido de Garrincha.

O gol de um dos títulos mais importantes do Botafogo, o Carioca de 1989, foi feito pelo camisa 7. O último título do Fogão havia sido em 1968 e, desde então, era só decepção para a torcida do Glorioso. Veio o Campeonato Carioca de 1989 e, mais uma vez, a esperança. O time não entrou como favorito (Flamengo e Vasco tinham times muito bons), mas fez uma campanha irretocável: em 24 partidas, 15 vitórias e nove empates.

Foi para decisão contra o Flamengo e precisava de uma vitória simples para comemorar o título. Jogo nervoso, como são as grandes decisões, e nada no primeiro tempo. Veio a segunda etapa e, quando Mazolinha, que entrou no segundo tempo, foi lançado, a torcida se levantou como que se pressentisse algo de bom. Veio o cruzamento, a bola viajou pela área do Flamengo e encontrou Maurício, camisa 7, que deu um leve totó em Leonardo e bateu seco, sem chance para Zé Carlos.

O Botafogo era campeão. A comemoração varou a madrugada. Anos depois, um outro camisa 7, polêmico mas muito goleador, foi o personagem do brasileiro de 1995. Túlio marcou de tudo quanto foi jeito na conquista, talvez iluminado pelo 7 mágico da sua camisa que só existe no Botafogo.

Estádio Nílton Santos
Por Dodoedo - Obra do próprio, CC BY 3.0, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=4245856

O Estádio General Severiano, a casa botafoguense, foi construído em 1912 e teve seu primeiro jogo no ano seguinte, com vitória do Fogão por 1 a 0 diante do Flamengo. A inauguração oficial só aconteceria anos depois, em 1938, com uma cerimônia de abertura bastante diferente. No gramado do estádio foram enterrados punhados de terra de todos os Estados do País, formando um desenho do mapa brasileiro.

Em 1976, quando o Botafogo passava por sérias dificuldades financeiras, acabou perdendo o terreno do estádio para a Companhia Vale do Rio Doce. Quando conseguiu retomá-lo, o estádio já não estava mais lá e o casarão, sede do clube até hoje, por pouco não tinha sido demolido ― o que seria uma tristeza absoluta para os alvinegros.

Em 1992, após muito esforço dos torcedores botafoguenses, a sede foi reinaugurada, passando a concentrar a maioria das atividades do clube. Agora, o Botafogo só precisava de um novo estádio para abrigar sua torcida.

O clube conseguiu comprar um campo localizado no bairro de Engenho de Dentro, chamado inicialmente de Engenhão e construído para os jogos Pan-Americanos de 2007. O sonho se tornou realidade e o estádio, que passou a se chamar Nílton Santos, lenda no clube, está no coração dos botafoguenses.





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